O Benchmarking é o processo de medir as principais métricas e práticas de negócios e compará-las com outras empresas, para entender como e onde é preciso mudar para melhorar o desempenho. Entretanto essa comparação pode ser realizada dentro da própria organização, em unidades de produção diferentes.
O relato abaixo explica como a avaliação dos resultados do Benchmarking 2022 de um grupo de fazendas do mesmo proprietário ajudou a identificar pontos das melhorias de resultado.
Esse grupo de fazendas está localizado no estado de Minas Gerais e a pecuária é explorada em quatro propriedades diferentes, sendo duas fazendas maiores e duas menores.
Historicamente, as fazendas C e D estavam sendo tratadas de forma marginal no planejamento global da atividade. Entretanto, como forma de melhorar o aproveitamento dessas áreas, decidimos coletar os dados financeiros e da movimentação do rebanho ocorrida em 2021, dados críticos para conseguir fechar o resultado. Um ponto que dificultava o fechamento era a transferência de rebanho entre as fazendas, esse controle precisa ser bem-feito para que não haja distorções nas produtividades entre as fazendas.
Com os dados levantados de forma criteriosa, foi possível fechar o resultado e comparar os indicadores gerados.
Com o Benchmarking em mãos, foi observado que as fazendas C e D estavam com o resultado em torno de 50% abaixo das fazendas A e B.
O que chamou atenção nos indicadores?
Podemos observar que a produção de arrobas por ha das fazendas C e D está bem abaixo das outras duas de melhor resultado, ou seja, temos um problema de produtividade que precisa ser investigado.
O que pode estar causando a baixa produção de @?
Olhando as taxas de lotação das fazendas e a produção de arrobas por cabeça, podemos observar que a fazenda C está com a taxa de lotação muito abaixo das demais, então mesmo com uma produção de arrobas por cabeça mediana (5,1@/cab/ano), a produção por ha fica muito baixa, indicando que a produção por área não está sendo bem explorada.
Já a fazenda D também teve uma baixa produção de arrobas por ha. Entretanto, a causa é diferente, a lotação está mais alta que as outras, principalmente, na seca e isso deve ter levado ao menor ganho por cabeça, confirmado pela menor produção de arrobas por cabeça na fazenda D (2,8@/cab/ano).
Diante da realidade encontrada ficou mais fácil discutir com os gestores das fazendas a necessidade de planejar melhorias para o próximo ciclo de produção. As duas fazendas precisam de um melhor planejamento alimentar, conciliando a disponibilidade de forragem com a taxa de lotação, buscando um equilíbrio na oferta de forragem ao longo do ano que vai originar a maior produção de arrobas, melhorando o resultado dessas duas fazendas apenas com ajustes nos processos produtivos.
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